terça-feira, 25 de novembro de 2008

A maior merda do ser humano é ter que precisar de alguém pra atender suas necessidades.
Desde que nascemos somos assim, ou melhor, somos o único animal que precisa de um grande auxílio durante os primeiros anos de vida.
Sabe? Tem vezes que eu preferia não ter nascido ser humano.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cansei de mim

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Descobri que liberdade não é fazer tudo o que eu quero, pois assim eu estaria presa nos meus desejos.
Eu tento aprender esse presente, mas ele me escapa o tempo todo.
Tem gente que se orgulha por ter uma opinião formada há anos.
Busca-se o emprego eterno, o amor eterno...
Queremos assegurar tudo pra gente, pois temos medo da vida instável,
mas não lembramos que a instabilidade traz o novo, o melhor e o conhecimento.
As respostas aparecem na medida que as necessidades também aparecem.
Antes de dominar qualquer coisa, quero dominar a mim mesma.
Todo encanto se desencanta a partir do momento que as coisas são esclarecidas.

sábado, 8 de novembro de 2008

Não suporto mais o som desse silêncio.
Até quando esse infeliz vai ficar berrando nos meus ouvidos?
Até eu ficar surda?

Bonito

Tudo fica mais bonito
Quando você enxerga o branco e preto
Quando você tem dor no peito
Quando você não faz o que é pra ser feito

Tudo fica mais bonito
Quando você se sente mal
Quando você vive o real
Quando você perde o astral

Tudo fica mais bonito
Quando você se despedaça
Quando você não sabe o que se passa
Quando você vira carcaça

Tudo fica mais bonito
Quando o silêncio te domina
Quando a dor te disciplina
Quando o bonito você abomina

Minha Mágica

Para Ludmila

Bromélia Brô –
Duas giradinhas
E uma mágica chegou

Ludmila, minha flor
Foi assim que aconteceu
Com um jeito todo seu
Você me virou uma mágica
Que ainda não aconteceu

Não há como explicar
Uma magia que está no ar
Mas é assim que tem que estar
Pois não iria funcionar
Uma palavra se formar

Com um L²
Temos um resultado triangular
Fazemos o céu ficar leve
E num arco íris breve
Somos o que nos serve

Serve ser feliz
Serve ser invisível
Serve ser sensível
Para ter um dia mágico
Para ter um dia incrível

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"Nós não podemos evitar os erros sem antes cometê-los, mas podemos não repetir os mesmos erros."

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Odeio ter a certeza das coisas.
Preferia me iludir e achar sempre que tudo está bem.
Neste momento eu não queria mais nada além de um abraço perdido.
Só eu sei o quanto eu queria...
Preciso levantar
preciso ficar onde eu quero estar
na lua, no rua e no mar
Ficar sozinha e pensar
No foi, no que é e no que virá
Se há algo que me angustia
Foi eu não ter sido o que sou em tudo o que eu faço
Por que agradar a todos?
Por que querer todos ao meu lado?
Serei gentil pra mim
Pois creio que assim
Espalharei coisas boas por onde eu passo
Não quero fazer ninguém feliz
Mas quero que o sejam
Eu faço, desfaço, passo e repasso
Não quero mais niguém
Não quero elogios, amigos e nem beleza
Quero apenas ser o centro de mim mesma
Perdi o meu carinho
Perdi o meu caminho
O que me resta agora
É saber andar sozinho

Te procurar-me

Te procuro no lado escuro
Nada aqui vou encontrar
Pedra e espinhos é o que vejo
Neste caminho do meu andar
Te procuro, meu amor
Nos meus sonhos e pesadelos
Entranhas de desejo
Desejo de te olvidar
Sinto o teu cheiro ao dia
Teu dormir na minha
Minha esperança de encontrar
Te procuro, preciso te encontrar
Mas no auge do meu desejo
Descubro que o que me importa
É apenas me procurar.

Medo de viver

Não tenho certeza de tudo, de todos e muito menos de mim.
Quando eu penso que estou andando pelo caminho certo, aparece um buraco negro e eu caio nele novamente. Lá dentro eu busco uma luz, pra pelo menos poder ver o meu corpo, pra pelo menos eu poder ver se aquele machucado não é só uma impressão.
Passam horas, passam dias, passam anos...
Minhas feridas já não são mais as mesmas, pois cada buraco que eu caio é diferente. Uns mais fundos, outros tão rasos que nem me cabe inteira, mas todos sempre com muito espinho.
Já que o tempo passou, penso que agora aprendi a andar pelo caminho certo, mas logo me vejo enganada.
Será que o caminho é errado, ou será que sou eu que não enxergo?
Começo a ter medo de viver. Começo a querer ter certeza de tudo, de todos e de mim mesma.
Mas o buraco sempre está ali, sem me avisar se sou eu que não o vejo ou se é ele que está no caminho errado.
Resolvo viver diferente: é no buraco que agora eu quero morar. E me deixo cair inteira, mas esse buraco parece não ter fim, vou caindo sem parar, não há nada que possa me segurar.
O que será que me espera nesse fim?
Durante a queda, fui percebendo que minha vida estava passando rápido demais. Tão rápida que eu não podia enxergar por onde eu caia.
Cheguei no fim do buraco já vazia de pensamentos. Dentro de mim não morava mais nada, apenas uma visão rápida, mas de tão rápida tornou-se escura, e eu já nem via mais.
Meu medo de viver morreu em morte.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Mãerionete

Hoje eu estava andando pela cidade quando, de repente, ouço um barulho estridente vindo do chão: uma criança suplicando por algo que a mãe não queria dar.
Obviamente não pude entender o manifesto daquela criatura de meio metro, mas como na sua frente havia um quiosque de sorvete, pensei que só poderia ser isso.
Envergonhada por tentar acalmar o filho e este só aumentar seu ataque, a mãe resolve dar o que a criatura tanto pedia. Imediatamente o menino levantou-se, como se nada tivesse acontecido, até porque não havia nenhuma lagrima em seu rosto, e pegou o sorvete com uns olhos de desejo. Engoliu em menos de dois minutos e em seguida puxou a camisa da mãe, tendo a sua mão esquerda apontando para uma vitrine de brinquedos. Logo pensei: Pronto! Vai começar tudo de novo, vou logo é sair daqui antes que vej...
Não tive tempo nem de pensar inteiro, a criança já estava fazendo a mesma coisa que cinco minutos atrás.
Choro, esperneio, gritos...um verdadeiro ataque mirim!
Não acreditei no que aquela mãe estava fazendo: ela estava fazendo tudo de novo!
E aí eu resolvi fazer uma coisa que nunca havia feito antes na vida. Cheguei perto daquela mãe marionete e falei: Sabe quantas vezes o meu filho vai fazer isso? Duas.
A primeira vai ser por pura imbecilidade e a segunda vai ser da porrada que eu vou dar.

Pois é, funcionou!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Se eu morrer hoje eu morro em paz e feliz.

domingo, 2 de novembro de 2008

Bem feito

Já que não tenho com quem desabafar, vou fazê-lo comigo, embora eu não seja o meu melhor conselho.
Ultimamente é o que eu tenho feito, penso no feito e no efeito: será que fiz bem feito ou mal feito?
Guardo pra mim a primeira opção, não que eu ache que tenha feito bem feito, mas apenas por pensar que posso. Mas o que é bem feito hoje em dia? O que é bem feito para os outros? Será que é a mesma coisa do bem feito pra mim? Eu sei a resposta, talvez a mais bem feita de todas, só que eu só sei responder sem práticas.
É assim mesmo, bem feito pra mim por não ser o meu feito e querer apenas fazer o bem feito pros outros. Ninguém vai ver o meu bem feito se eu continuar sendo um mal feito comigo mesma.

Silenciosa, a mente...

Silenciosamente
Ouço o meu clamor
Que não chora, mas sente dor

Silenciosamente
Perco-me no meu avesso
E o que não chorou, hoje desabrochou

Silenciosamente
Procuro o meu espaço
Encontro, mas ele já deu um passo

Silenciosamente
Não sei mais se vou
Mas preciso ir, sou uma nova dor

Silenciosamente
Juntos os meus pedaços
E indo silenciosamente, me contruo novamente.

Mutação

Em todos os tempos
Azuis e verdejantes
Sou de cor vibrante

Em todos os tempos
Verdejantes e azuis
Sou de cor sem luz

Em todos os tempos
De amores e alegrias
Sou a melhor das companhias

Em todos os tempos
De alegria e amores
Sou feita de dores

Em todos os tempos
Serenos e frios
Protejo do mundo um arrepio

Em todos os tempos
Frios e serenos
Eu nunca sou a mesma