quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tempestade de Tempo

O tempo me alertou
O tempo me falou
O tempo me esperou
O tempo me mordeu
O tempo me feriu
O tempo gritou
O tempo sangrou
O tempo cegou
O tempo caiu
O tempo passou

Acabou-me o tempo
O tempo acabou
Antes eu pensava que para viver eu tinha que me entender
Hoje eu descobri que se tento me entender, eu paro de viver.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Fui tentar entender tudo e entendi apenas uma coisa: eu não entendo nada

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O que eu sou?

Talvez eu não seja nada
Mas sempre esteja alguma coisa
Até hoje eu não sei o que sou
Pois a cada dia eu sou o que estou
E o meu “sou” de ontem
Hoje já mudou

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Aqui nessa aula chata
Não tem nada pra fazer
Vou pegar o meu lápis velho
E começar a escrever
Olho pro teto
Vejo uma aranha
Olho pra frente
encontro uma piranha
Olho para mim
Fico agora com vergonha
Meu vestido florido
Estava quase todo despido

Moral da história: quando estiver inqueto na aula, procure manter as pernas no chão.

Nando Reis - Não vou me adaptar

Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria.
Os anos se passaram enquanto eu dormia,E quem eu queria bem me esquecia.

Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar.

A felicidade - Vinícius de Moraes

"Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor.

Tristeza não tem fim
Felicidade sim"

Dindi - Tom Jobim

"Céu, tão grande é o céu e bandos de nuvens que passam ligeiras
Pra onde elas vão?
ah! eu não sei, não sei
E o vento que fala nas folhas contando as histórias que são de ninguém
Mas que são minhas e de você também
Ah! Dindi
Se soubesses o bem que eu te quero
O mundo seria, Dindi
Tudo, Dindi,
Lindo, Dindi
Ah! Dindi
Se um dia você for embora me leva contigo, Dindi
Fica, Dindi
Olha, Dindi
E as águas deste rio, aonde vão?
Eu não sei
A minha vida inteira esperei, esperei
Por você, Dindi
Que é a coisa mais linda que existe
Você não existe, Dindi
Olha, Dindi
Adivinha, Dindi
Deixa, Dindi
Que eu te adore, Dindi"

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Eu não sei dizer o que sinto
Só sinto
Não existe "dizer"
Quando só se sabe sentir
Estou perdida no meu espaço
Se hoje eu não sei o que sou
É por que não sei o que faço
Nunca foi fácil
O difícil estava apenas obscuro,
pronto para manifestar-se
Manifestou-se e pronto
Nunca foi difícil
O fácil estava apenas obscuro,
pronto para manifestar-se.
Manifestou-se e pronto.

domingo, 17 de agosto de 2008

Todos os dias eu fico à tua espera
Camisola ao vento
Batom ao relento
Olhar de quimera
Labirinto de pensamento
Cruza caminho
Corta vento
E acha o desalento

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Tu és estrela no além
Me dizendo que um dia vem

Tu és nuvem no colorido
Apagando o meu branco despido

Tu és o barulho da chuva
Me fazendo ficar muda

Tu és o raiar do sol
Me acordando cada dia melhor

Tu me fazes ser dois
Ser cem
E ser mil

Tu me fazes ser teu par
Ainda que sozinho
Escrever, escrever, escrever...
O infinito cabe entre a ponta de um lápis velho e um papel de pão amassado.
Tudo agora faz sentido, até meu arco íris branco e preto.

"Quando do preto fez-se o branco
e a íris do teu arco foi até meio sentido,
do agora fez-se um tudo amassado,
entre a ponta de um pão e velho lápis do infinito.
Ver, Ver, Ver: escrevo."

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Eu solto minhas lágrimas pra poder falar o que eu não sei dizer.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eu brinco de contar verdades

Tenho lágrimas de caramelo
Um sorriso amarelo
E meu pé não calça chinelo

Eu brinco de contar verdades

Escrevo cartas pra papai Noel
Conto quantas estrelas tem no céu
E depois anoto tudo num papel

Eu brinco de contar verdades

Moro num arco-íris sorridente como uma noite de lua minguante
Conto meus segredos pro sol elegante
E ele me ilumina com sua luz fascinante

Eu brinco de contar verdades

Gosto de pintar o branco e preto
Coloco cores no incolor do meu peito
E depois desfaço tudo o que foi feito

Eu brinco de contar verdades

Pego o meu quadro de giz
E com a minha flor de lis
Ali eu escrevo tudo aquilo que vai me fazer feliz
Nos teus olhos verdes de mar
Eu quero me afogar
E nos teus pensamentos azuis navegar
Quero flutuar sobre os teus pés e tua boca alcançar
Prende os teus olhos em mim para eu enxergar
E segura os meus pés para eu escapar
Preciso ser um náufrago em ti
Para enfim me encontrar
Do jeito que você é
eu não preciso nem de música
Do jeito que você é
eu não preciso de carnaval
Do jeito que você é eu não preciso de flores
eu não preciso de luz e nem nada daquilo que me seduz
Do jeito que você é eu só preciso de uma coisa: você
Seu sorriso encanta, até canta
canta nos meus ouvidos o brilho do amor
e é tanto amor que não tem mais espaço pra dor
pois este sorriso me encanta e me canta apenas com o mais alto:
o brilho do teu amor

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Se eu posso eu faço
E se não posso, o que faço?
Não faço, mas penso
O que penso, eu dispenso e des-penso
Des-penso e logo faço...
Eu ando tropeçando com o silêncio dos meus olhos
Para que no final minha cegueira possa ser colorida